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alexi
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Stablecoins: Podem Substituir o SWIFT em Transações de Comércio Exterior num futuro próximo

O sistema de pagamentos internacionais SWIFT, criado em 1973, é o mais amplamente utilizado para a troca de moedas entre países, especialmente o dólar. No entanto, essa predominância pode estar ameaçada. Atualmente, há um fluxo significativo de stablecoins sendo usadas para remessas internacionais, mas ainda estamos no início, pois as principais instituições do setor ainda não adotaram essa tecnologia. Além das CBDCs, existem ecossistemas de stablecoins públicos (como USDT e USDC) e privados (como a JPM Coin emitida pelo JP Morgan) que não são interoperáveis, mas creio que eles convergirão no futuro.

O que é SWIFT? 

É um sistema financeiro internacional cuja principal função é permitir a troca de informações bancárias e transferências financeiras entre suas instituições financeiras participantes. A SWIFT não faz transferências de dinheiro. Ela atua como um conjunto de trilhos de mensagens para facilitar transações financeiras. Em resumo, a SWIFT usa códigos (código SWIFT/código BIC) para comunicar transferências de dinheiro entre bancos.

O que é Stablecoin?

As stablecoins são um tipo especial de moeda digital, surgidas na efervescente indústria cripto, mas ligadas a ativos do mercado tradicional, como o dólar e o ouro. 

Essa natureza híbrida, que une o mundo descentralizado do Bitcoin (BTC) ao ambiente altamente regulado do sistema financeiro, ganhou popularidade entre os investidores, mas também despertou a preocupação dos reguladores. As stablecoins desempenham um papel essencial no ecossistema de criptomoedas devido à sua estabilidade. Criptomoedas como bitcoin e ether oferecem diversos benefícios, como a ausência de necessidade de confiar em uma instituição intermediária para realizar pagamentos para qualquer lugar e qualquer pessoa. No entanto, seus preços são voláteis e podem flutuar significativamente, dificultando seu uso no dia a dia. As stablecoins procuram resolver essas flutuações de preço ao vincular o valor das criptomoedas a ativos mais estáveis, geralmente moedas fiduciárias. Essa estabilidade visa manter seu valor ao longo do tempo e fomentar sua adoção em transações regulares.

As stablecoins são o ativo criptográfico de crescimento mais rápido no mundo, representando 40% das carteiras ativas em 2023, conforme dados da Chainalysis. O segmento movimenta, em média, US$ 150 bilhões por mês globalmente.

Diante desse crescimento, o World Economic Forum projeta que 10% do PIB global será armazenado em moedas digitais até 2027. Além disso, o Fundo Monetário Internacional destaca que as stablecoins podem oferecer uma alternativa mais eficiente e econômica aos pagamentos transfronteiriços tradicionais, especialmente para transações de baixo valor.

Stablecoins estão transformando as Remessas Internacionais Corporativas na América Latina

Apesar de seu potencial econômico, a América Latina enfrenta grandes desafios nas remessas internacionais, especialmente para empresas. Altas taxas, longos tempos de processamento, burocracia e risco cambial são obstáculos que impactam diretamente o crescimento e a competitividade das empresas na região.

Nesse cenário, as stablecoins oferecem vantagens significativas, como transparência e operação 24/7, que podem estimular a economia da América Latina. Para ilustrar, apenas em 2023, os ativos estáveis movimentaram cerca de US$ 53 bilhões.

– Para quem transfere recursos, o uso dessa tecnologia aumenta a transparência (menos intermediários) e a disponibilidade (24/7) das remessas, além de diminuir os custos e o tempo, dependendo da complexidade do fluxo em comparação com o SWIFT.

– Para quem recebe os recursos, as stablecoins são equivalentes a uma conta em dólar, mas sem as ineficiências do sistema financeiro tradicional.

Movimentos já está em andamento:

• JPM COIN: um novo sistema de pagamento criado especificamente para suportar pagamentos nacionais e internacionais. O token digital JPM Coin pode movimentar até US$ 10 bilhões em transações diárias nos próximos dois anos, segundo Umar Farooq, chefe global de pagamentos de instituições financeiras do JP Morgan.

• PayPal Coin USDP: uma stablecoin totalmente lastreada em depósitos em dólares americanos, títulos do Tesouro dos EUA e equivalentes de caixa. É possível comprar e vender 1 PYUSD por 1 USD no PayPal.

Algumas das principais stablecoins no mercado:

Sem dúvida, as stablecoins vinculadas ao dólar norte-americano dominam esse mercado. No entanto, há opções de investimento atreladas a outras moedas e ativos. A seguir, destacamos alguns dos principais ativos digitais pareados.

Tether USD, a stablecoin líder em dólar

Tether USD (USDT) é uma criptomoeda que visa manter a paridade com o dólar norte-americano. Esse mecanismo é gerido pela empresa Tether, que inovou nesse segmento em 2015 ao lançar um ativo digital respaldado por reservas corporativas.

USD Coin (USDC), a segunda mais proeminente no mercado

A stablecoin USD Coin (USDC) foi estabelecida em 2018 pela Circle e pela Coinbase, duas grandes empresas americanas no ecossistema de ativos digitais. O emissor garante que o número de moedas emitidas corresponde à quantia equivalente depositada em bancos.

DAI, uma stablecoin colateralizada automatizada

Ao contrário de suas concorrentes, que escolheram manter reservas centralizadas, o DAI é garantido por uma cesta híbrida de ativos. Cada DAI emitido está ligado a uma quantidade equivalente de criptomoedas, stablecoins e ativos reais mantidos pela Maker DAO, uma organização autônoma descentralizada.

eEUR (EEUR), a alternativa vinculada ao euro

eEUR Aryze (EEUR) é uma criptomoeda colateralizada, ou seja, respaldada por depósitos para manter sua paridade com o euro. A empresa Aryze BVI emite esse ativo digital e é responsável por supervisionar sua emissão e controlar suas reservas utilizando a rede blockchain Polygon.

USDD, a stablecoin da rede Tron

USDD, também conhecido como “dólar descentralizado” na rede blockchain Tron, utiliza algoritmos para equilibrar uma cesta de criptomoedas como lastro. Essa stablecoin gerencia depósitos por meio de contratos inteligentes, eliminando a necessidade de lidar com moedas fiduciárias.

PAX Gold (PAXG), vinculada ao ouro

A PAX Gold (PAXG) é uma stablecoin garantida pelo ouro, em que 1 token de PAXG representa 1 onça troy (31,1 gramas) de ouro mantido em cofres sob a supervisão da Paxos, uma empresa regulada nos Estados Unidos que ingressou no mercado de criptomoedas em 2018.

As stablecoins estão transformando as Transferências Internacionais Corporativas na América Latina:

Apesar das perspectivas econômicas promissoras, a América Latina enfrenta desafios significativos no que diz respeito às transferências internacionais, especialmente para empresas. Taxas elevadas, longos tempos de processamento, burocracia e risco cambial são obstáculos que impactam diretamente o crescimento e a competitividade das empresas na região.

Nesse cenário, as stablecoins oferecem vantagens cruciais, como transparência e operação 24 horas por dia, sete dias por semana. Essas e outras vantagens podem impulsionar a economia da América Latina. Apenas em 2023, os ativos estáveis movimentaram cerca de US$ 53 bilhões, fornecendo uma visão do potencial desse mercado.

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